A influência que a música, especificamente o Rock, exerce sobre a moda é indiscutível. Nem que seja ao usar uma daquelas famosas e detonadas camisetas de banda. Você já fez ou faz parte disso.

Os efeitos sociais do rock and roll tornaram-se massivos e mundiais a partir da década de 50. A era da atitude e irreverência, a época da jaqueta de couro biker, essa mesma que #asminapira no outlet em pleno 2013 nasceu lá, em 1950! Muito além de um simples estilo musical, o rock and roll influencia, não só na moda, mas em estilos de vida, atitudes e linguagem. Alguns até acreditam que o gênero contribuiu com a causa do movimento dos direitos civis nos EUA, porque tanto jovens brancos quanto negros apreciavam a música.

Especulações a parte, o que não se pode negar é que o Rock é paixão mundial! Seja pelo topete do Elvis, o oclinhos do John ou o cabelo da Janis, é muito amor. <3

#NoMOODdoDiaDoRock confere aí as bandas e os músicos mais marcantes que fizeram história no cenário musical e ainda, de quebra, nos deixaram heranças fashionistas eternamente adoradas!

 

50

Elvis Presley  enlouquecia os brotos com sua voz maravilhosa e portes de galã.  Outros nomes famosos da época foram: Stevie Wonder, Marvin Gaye, The Supremes e The Jackson 5.

Com o fim dos anos de guerra e do racionamento de tecidos, a mulher dos anos 50 se tornou mais feminina e glamourosa, de acordo com a moda lançada pelo “New Look”, de Christian Dior, em 1947. Elas desfilavam suas saias rodadas, luvas e casaquetos enquanto os boys cultivavam um “lambido” topete, calças justinhas e aquelas jaquetas de couro com a golinha em pé, lindo de viver e ver!

 

60

“A década da rebeldia”. No início da década de 60, na Inglaterra, surgem os Mods ou Modernists, que diferente do estilo rebelde e roqueiro de se vestir dos anos 50 adotaram uma maneira mais clássica e comportada. Roupas em estilo italiano, café expresso e as famosas lambretas italianas conhecidas como vespas eram suas marcas registradas.  The Beatles! Yeah! O quarteto mais amado do universo, até hoje, marcou época pelo famoso corte de cabelo e disseminaram sua forma de se vestir entre os jovens, popularizando o terno de gola alta de Pierre Cardin.

Já para as mulheres inspirações como a modelo Twiggy (1ª top model) e Brigitte Bardot eram a principal referência. Nessa década começou-se a enfatizar o corpo da mulher e sua feminilidade. Formas geométricas, saias de cintura alta, poás, lenços, penteados milimetricamente elaborados e delineador gatinho complementavam o look.

 

70

Anos de exageros e revoluções! Nos anos 70, o rock é dividido em dois segmentos principais: primeiro os sons pesados e rebeldes, contra as inovações dançantes da disco music, que começavam a se aproximar das guitarras. Neste primeiro grupo, nasce o então conhecido heavy-metal, inaugurado por bandas cultuadas até hoje, como Judas Priest e Black Sabbath. O rock progressivo também veio à tona e deixou de queixo caído aqueles que estavam acostumados a ouvir música nos padrões e tempos tradicionais – Pink Floyd, Genesis e Yes criaram composições experimentais e extremamente elaboradas, fazendo viagens sonoras com suas músicas que duravam mais de dez minutos.

O punk teve seu primeiro estilo próprio difundido com a estilista Vivienne Westwood, dona da loja de roupas Sex que abasteceu as primeiras bandas punks na Inglaterra. Suas roupas se caracterizavam pelo uso de slogans no estilo situacionista, símbolos políticos antagônicos, obscenidade, peças baseadas em roupas obscuras como camisas de forças e parafernália a partir daí a criação individual se torna a marca registrada dos punks, transformando-se mais em uma questão de estilo do que moda no sentido popular do termo. 

O segundo segmento se refere à Janis Joplin, Jimmi Hendrix e Raul Seixas (TOCA RAUUUUUUUL!) que eram os principais representantes do estilo hippie. Chapéus desabados, veludos, cetins e estolas de pluma faziam parte do vestuário. Muitas, mas muitas cores mesmo! Transparência, franjas, couro, tranças e brilho. A época da transgressão e da cultura hippie emprestou uma infinidade de inovações para o mundo da moda, pois ao cultuar a liberdade de expressão, cultuava também a liberdade de poder vestir o que quiser. A moda virou um tanto quanto unissex, embora as mulheres geralmente usassem mais saias longas e coloridas que os homens, mas tanto elas quanto eles também usavam calça jeans e blusas com franjas. O cabelo ganhou lenços enrolados e foram crescendo sem corte definido, para os negros o Black Power era a melhor pedida!

 

80

Foi nessa época que se viu aquele monte de homem com laquê no cabelo, usando maquiagem e calça apertada, a exemplo de Axl Rose (Guns n´Roses), Sebastian Bach (Skid Row) e Vince Neil (Motley Crue). A década foi permeada pelo restinho da onda punk que bombou nos anos 70 e impregnou as composições de melancolia, uma rebeldia mais sombria e solitária – diga-se de passagem. Nas letras, muitas vezes pessimistas e descrentes, um lirismo que representava muito bem o sentimento dos jovens da época. Era o pós-punk. De Liverpool, vinha o Echo and The Bunnymen, e de Manchester, o Joy Division.

Entre os nomes de grande sucesso no rock mundial surgidos nos anos 80 estão The Cure, The Smiths, U2, Guns n´Roses e Metallica. Junto com eles veio a virada da era do disco de vinil para era do CD, o que deu uma bela impulsionada no mercado e fez com que artistas vendessem milhões de discos!

Na moda feminina os looks exagerados e temperados de laquê, maquiagem e calça apertada também foram a pedida dos anos 80. Com o estouro da Madonna, as mulheres usavam com bastante frequência suas calças de cós alto, terninhos e roupas que refletiam a sua entrada no mundo competitivo, além de misturar tudo isso com suas polainas e roupas de ginástica flúor #ALOKA.

 

90

A década da mistureba! No começo dos anos noventa houve a explosão do grunge. Bandas como NirvanaSoundgarden e Mudhoney foram o supra-sumo dessa época.  Na cidade natal de Jimi Hendrix, surge ainda o Pearl Jam, lançando seu primeiro disco e um dos seus maiores clássicos: Ten. Mas é com Nevermind, do Nirvana, que o rock entrou em ebulição. O jovem trio de Aberdeen condensa elementos de várias correntes das décadas anteriores (rock alternativo, punk, hardcore, heavy metal e powerpop) numa sonoridade original e agressiva, que atrai milhares de fãs ao redor do mundo, saturados com anos de exploração do inofensivo glam metal pelo mainstream. O ano de 1990 foi, ainda, ótimo ao rock alternativo. O Sonic Youth lança Goo, do hit “Kool Thing”. A Gilded Eternity, do Loop, é um dos melhores do ano. No heavy metal tivemos como grandes destaques o Judas Priest, renascendo com o agressivo e surpreendente  Painkiller;  Megadeth, com seu clássico Rust in Peace e Slayer lançando Seasons in the Abyss.

A moda não foi menos diversificada quanto o “novo” Rock. Jeans, muito jeans, o quanto mais glam melhor! Minissaias, coturnos ultra punk, bonés e toucas multicoloridos, herdados da década de 70/80 invadiram os guarda-roupas em modelos sempre maiores do que o habitual. A moda era exagerar, tanto nas combinações quanto no tamanho. O lance democrático da moda deixou claro que estilo e padrão eram modelos de vestir que nunca andavam juntos, não havia padronização, havia invenção, inovação e quem dispunha de um punhadinho de criatividade fez com que a moda dos anos 90 fosse ainda mais irreverente!

 

00

As tendências contemporâneas do gênero musical mais promissor da história da música surgiram com o novo século! A cada década o Rock sempre conseguiu dar aquela volta por cima quando o assunto era seu possível fim e nos anos 2000, com quase sessenta anos de vitalidade, isso não seria diferente. Em 2001, revivendo e modernizando elementos do Rock oitentista para criar uma espécie de Rock Alternativo Contemporâneo, surgiu The Strokes que foi imediatamente aceito e aclamado pela mídia que já vinha comprometida com a missão de tentar realizar o salvamento do estilo musical que eles representavam. A Internet foi essencial para moldar o Rock da década com uma heterogeneidade ilimitada. Surgem estilos como emocore, o hardcore ganha seu espaço, o indie rock bomba entre os hipsters e a diversidade, mais do que nunca, passa a ser marca registrada do rock.

Nessa década a moda tornou-se quase que retroativa, tudo que foi moda agora o é novamente. Retrô, vintage, oldschool, há quem defenda que o “antigo” é o novo, enquanto outros se jogam nas tendências duvidosas que são lançadas a cada dia, like Beetlejuice pants ! #medo

O fato é que, tanto nossos gostos musicais quanto modísticos são extremamente pessoais e graças a toda história que fez com que chegássemos até aqui podemos mudá-los e aprimorá-los constantemente. Lembrem-se: estereótipos, modinhas padrão e imposição de gostos não estão com nada! O Rock e a moda são nossos, são lindos e são absolutamente democráticos, sejamos livres, assim como eles. 😉

Um ótimo Dia Do Rock pra todos os MOODistas que nos acompanham, and have fun! Seja no metal, grunge, punk, indie…

 

I <3 ROCK AND ROLL – Joan Jett