Já se deu conta de quantos papeizinhos nós costumamos receber quando andamos pela rua? Na minha mão eles viram barquinhos. Recentemente, aprendi a transformar uma colorida filipeta em um coração. Estou falando de Origami, a arte milenar de origem japonesa que tem como base a criação de formas através da dobradura de papéis, sem o uso de cortes. Com um simples pedaço de papel, muita técnica e criatividade é possível fazer praticamente de tudo: caixas, animais, objetos, carrinhos, castelos, flores, roupinhas…
Atualmente, o Origami é uma das formas mais geniais de dar asas à imaginação. Existem diagramas para todos os níveis, desde os mais fáceis até outros bastante complicados, que exigem uma dose maior de experiência. Com paciência e dedicação, o resultado de cada dobradura, mesmo a mais simples, é sempre uma verdadeira conquista.
A História do Origami
Segundo alguns estudiosos do Origami, o costume de dobrar papéis e tão antigo quanto o surgimento do papel na China, há aproximadamente 1800 anos. No Japão, o papel foi introduzido entre os séculos VI e V por monges budistas chineses. Entretanto, somente a nobreza tinha acesso, por ser considerado um artigo de luxo, utilizado em festas religiosas e na confecção de moldes de quimonos.
Os japoneses transmitiam as figuras que criavam através da tradição oral, que eram passadas de mãe para filha. Nesta época, somente as dobraduras mais simples eram trabalhadas. As primeiras instruções escritas sobre o Origami surgiram em 1797, com a publicação do “Senbazaru Orikata” (Como Dobrar Mil Garças). A partir daí a população japonesa começou a aprimorar as técnicas do Origami, com a facilidade de que começaram a fabricar o seu próprio papel. Desde 1876, o Origami deixou de ser transmitido apenas dentro da família, passando a ser disciplina integrante do currículo escolar do Japão.
As várias formas de se dobrar papéis possuem diferentes siginificados no Oriente. No Japão, o sapo representa o amor e a fertilidade; a tartaruga, a longevidade, e o tsuru (ave-símbolo do Origami), também conhecido como grou ou cegonha, siginifica boa sorte, felicidade e saúde. Diz ainda uma lenda que quem fizer mil tsurus, com o pensamento voltado para aquilo que deseja alcançar, terá bons resultados.
Dicas para uma boa dobradura
- Trabalhe sobre uma superfície lisa, plana e bem iluminada, para facilitar as dobras
- Procure estar com as mãos limpas
- Utilize sempre um papel cortado simetricamente
- Faça as dobras com muita atenção, passando a unha do polegar ao longo de cada uma para acentuar o vinco
- Procure seguir os diagramas sempre na seqüência
- Na dúvida sobre um determinado passo, procure ver como ficará a figura no passo seguinte.
Agora é só colocar a mão na massa. Confira a seleção que fizemos para vocês no Pinterest, com vários tutoriais.
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