Quer conhecer um pouco sobre a história por trás de muitos modelos de cadeiras que vemos por ai?
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Conheça 7 cadeiras assinadas por designers
ANT CHAIR
Em 1952 Arne Jacobsen projetou, para a cantina de uma empresa farmacêutica dinamarquesa, uma cadeira leve, estável e que fosse fácil de empilhar. A necessidade era facilitar a circulação de pessoas no espaço, sem que elas tropeçassem nos pés das cadeiras. Então, o modelo original foi concebido com 3 pernas e um assento de plástico. Com o passar do tempo, o material plástico das pernas foi substituído por estruturas tubulares de aço. A cadeira que lembra a forma de uma formiga de cabeça erguida, tornou-se muito popular.
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EGG CHAIR
Desenvolvida em 1958 para os Hotéis Radison, pelo mesmo Arne Jacobsen (criador da Ant Chair), a cadeira foi assim batizada por lembrar o formato de um ovo. Como de costume, Jacobsen utilizou o seu dom artístico para desenvolver este projeto que, posteriormente, influenciou diretamente outra criação sua: a cadeira Swan, que leva este nome por seu formato remeter a um cisne.
A Egg Chair também foi produzida em forma de sofá, porém, por algumas dificuldades de reprodução, poucas unidades foram confeccionadas. Empresas como o Mc´Donalds estão utilizando esta cadeira para criar um alto conceito em padrão de mobiliários.
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BALL CHAIR
Eero Aarnio, ao se mudar para sua primeira casa, resolveu dar um ar exclusivo ao seu mobiliário. Partindo de uma das formas geométricas mais simples, a esfera, ele desenhou a cadeira de forma que ela tivesse um traço único. Quando chegou a forma ideal, Eero desenhou em um papel o protótipo em escala real e o fixou na parede. Simulando estar sentado na cadeira, avaliou as dimensões das aberturas para que as pessoas, ao sentar, pudessem ter um campo de visão adequado. Na avaliação de seu projeto, Eero notou que o design da cadeira era perfeito para quem quisesse um espaço privado para relaxar ou, até mesmo, fazer um telefonema. Com esta conclusão, fixou um telefone vermelho em uma das paredes internas da cadeira. Assim, confeccionou o primeiro exemplar da Ball Chair, que ainda se encontra na casa de Eero.
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BIBENDUM CHAIR
Eyleen Gray foi contratada para criar os espaços internos da casa de uma modista famosa, que vendia chapéus de luxo em meados de 1917. Dentro dos itens do projeto interno desenvolvido por Eyleen estava uma cadeira que entraria para a história da arquitetura de interiores. Concebida para ser atraente e dialogar com o espaço criado, a cadeira Bibendum tinha dimensões um tanto quanto grandes, sendo profunda e alta. A única parte de seu quadro que ficava exposta eram as pernas feitas de tubos de aço inoxidáveis, o restante da cadeira era revestido por couro. Graças a esse projeto desenvolvido para a modista, Eyleen criou coragem e abriu sua própria galeria de móveis, conquistando sua independência financeira e se tornando uma figura importantíssima para a arquitetura de interiores.
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RISOM CHAIR
Projetada por Jens Risom, influenciado pelo seu relacionamento com as forças armadas, essa cadeira foi a primeira da linha da Knoll e, praticamente, o único mobiliário moderno disponível durante a Segunda Guerra nos Estados Unidos. Produzida com estruturas de madeira bem simples e tecido, essa cadeira foi o primeiro passo para que Jens e a Knoll se tornassem ícones da produção e concepção de mobiliários. Seus móveis fizeram parte da reconstrução da arquitetura de interiores do pós-guerra.
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BARCELONA CHAIR
Uma das mais cobiçadas peças de decoração de interiores, a cadeira Barcelona foi desenvolvida por Ludwig Mies van der Rohe e sua parceira Lilly Reich. Os artistas se inspiraram em mobiliários dos faraós e dos romanos para criarem uma elegância clássica e ao mesmo tempo moderna. Em meio ao período de reestruturação da Alemanha, após a devastação da Primeira Guerra Mundial, a cadeira Barcelona foi assunto no mundo inteiro. Com quase 80 anos, seu design se mantém com pouquíssimas alterações.
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ADIRONDACK CHAIR
Em 1903, Thomas Lee, durante suas férias, sentiu a necessidade de criar uma cadeira para área externa de sua casa de veraneio. Os primeiros modelos foram testados por sua família e eram produzidas através da junção de 11 peças extraídas de uma única placa de madeira. Esta cadeira foi desenvolvida com costas retas, braços largos e o assento inclinado para que fosse alocada em áreas íngremes das montanhas, onde Thomas possuía sua casa de veraneio. O mais interessante é que após chegar a forma perfeita da cadeira, Thomas Lee ofereceu o projeto à um amigo carpinteiro que estava precisando complementar sua renda durante o inverno. Este amigo registrou a cadeira (aparentemente sem a permissão de Lee) e recebeu a patente para sua produção exclusiva. Hoje chamadas de Adirondack, pelo fato de terem sido concebidas nas proximidades das montanhas que levam este nome, estas cadeiras são encontradas em muitos pátios e áreas externas.
Por Diogo Retamal