Achei que o degradê sairia das passarelas e revistas de moda e seria bem mais usado. Achei que se tornaria realmente uma tendência. Pouco vi e vejo dele sendo usado e abusado em móveis. Até vi muito, em revistas e vitrines de lojas, mas parece que ninguém quis levar para casa. Mas como o termo já diz, ‘tendência’ é mais ou menos como ‘previsão do tempo’.
É uma pena. Acho realmente muito bonito ver a variante de cores percorrendo de um lado a outro paredes, sofás, cortinas, pés de cadeiras, etc. O gradiente de cores me trás leveza e engrandecimento ao mesmo tempo. Quem sabe o medo e a falta de instrução por parte profissional, fizeram com que o degrade permanecesse mais nas unhas. Mas gosto realmente. É jovial, descontraído.
Como digo, superfícies estão aí para serem usadas. E o degrade é uma forma de diferenciar um ambiente de forma significativa, desde que usado com cautela e não em todos objetos e paredes ao mesmo tempo. Serve para trazer luminosidade, ares contemporâneos, entusiasmo e bom humor.
Bem, vamos ser práticos. Você pode introduzir o degrade aos poucos, com cautela, através de objetos pequenos. Almofadas são ideais para isso. Você pode procurar por tecidos que lhe agrade e confeccionar as suas caso não as encontre prontas. Use neutros, seja discreto se não quiser chamar tanta atenção. Os tons beges e os cinzas, trazem bom efeito sem ter grande interferência no conjunto todo. São mais assertivos e a possibilidade de erro reduz. Você também pode usar de tecidos para revestir a cúpula daquele velho abajur jogado no canto da sala. Mas arrisque, aposte!Use um tom bem vivo e forte para trazer vida à peça. Você ainda pode usar deste artifício na toalha de mesa, roupa de cama e em obras de arte espalhadas pela casa. Um detalhe faz toda diferença. Quer uma dica? Comece pelo banheiro.
Você também pode usar dos tecidos ou de tinta spray para renovar pequenos móveis em casa. Pequenas cômodas, mesas laterais e cadeiras antigas podem se tornar o ponto alto da decoração da sua casa. No caso da madeira, se faz necessário o uso de lixo para preparar a madeira. Para concluir a obra, pincel, tinta branca e outra da sua escolha para esfumaçar. Lembre-se: errar faz parte do processo.
Não deixe o tamanho te assustar. Quer renovar a parede? Você vai precisar de pincel, tinta acrílica, fita crepe e esponja. Ah! Um lápis também!
Com a fita, cubra as laterais da parede, rodapé e rodaforro. Com o auxílio do lápis, marque linhas horizontais na parede que iram definir o número de tons que usará. Pinte o tom mais escuro primeiro (lembre-se de deixar a última em branco) e, a medida que for avançando faixa a faixa, acrescente tinta branca à mistura anterior. Para quebrar a linha visual de separação das cores, ainda com a tinta molhada e com a ajuda de uma esponja, dê leves batidas para espalhar a tinta. Você também pode usar um pincel seco ao invés da esponja. Ambos geram ótimo resultado.
Mas se você não tem um bom relacionamento com tintas e pincéis, o efeito degrade pode ser feito com a ajuda de uma tesoura. O famoso papel contact é realmente uma mão na roda. Use do ‘tom sobre tom’ para repaginar a velha cômoda ou o armário da cozinha. Determine o número de cores pelo número de portas ou gavetas que o móvel tiver, compre as variantes de tons da mesma cor, meça, recorte, cole e reponha os puxadores. É simples, barato e o efeito é satisfatório.
Na galeria, mais imagens para você suspirar e se inspirar.
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