Minha boca é um cemitério de navios.
Meus olhos capitulam em tempestades.
Não há descobrimento que mude a geografia do meu rosto.
Com uma âncora no bolso
e um arpão cravado no peito
naufrago.
*Este poema faz parte do livro “O susto de saber-me deste jeito“, de Daniel Seidl de Moura.