O vento da madrugada
explode em meus ouvidos
feito um grito
feito a urgência que me arde quando deito
feito o susto de saber-me deste jeito
feito o pânico de meu álibi desfeito.
A luz da manhã
explode em meu rosto
feito um tiro.
*Este poema faz parte do livro “O susto de saber-me deste jeito“, de Daniel Seidl de Moura.