O meu rosto não tem definição.
Às vezes sou fumaça de cano de descarga
outras vezes sou dissimulação.
Meu rosto é neutro, oco e sem função.
Sou pigarro
barro
sou fumaça de cigarro
eu sou a garrafa espatifada contra o chão.
*Este poema faz parte do livro “O susto de saber-me deste jeito“, de Daniel Seidl de Moura.