Lançaram o Lulu no Brasil e meio mundo, feminista ou não, machista ou não, se jogou na brincadeira apesar dos bafafás. Falaram em lançar o Tubby App e as periquitas já ficaram todas ouriçadas com medo de levar uma hashtag ˜ofensiva˜ nas costas. Na hora de dizer que o cara #ValeMenosQueUmPãoNaChapa elas estavam lá, lindas, divando com seus smartphones ornando seus cases com a sua bolsinha multicolor e até que os bofes aceitaram bem a brincadeira. Sim, apesar de ofensivo é brincadeira. Com uma pitada de mau gosto, respingos de futilidade e lascas de inutilidade. Quando a história mudou de lado, o que achei muito justo (afinal, nós não lutamos tanto por igualdade e blábláblá) lá foram as mulheres com seus movimentos de nomes super plausíveis, tipo “marcha das VADIAS” – ok, eu sei que tem um cunho histórico que explica essa escolha medíocre, mas ele não me convence, enfim, lá foram as vadias lutarem contra serem chamadas de vadias. Então você “luta” contra um aplicativo que supostamente praticaria violência contra as mulheres pois as classificaria com palavras ofensivas, mas você faz isso participando de um movimento intitulado MARCHA DAS VADIAS. Apenas achem o erro histórico, político, social ou simplesmente mental nascido pela orgia ociosa que habita a mente dessa gente que, definitivamente, não tem mais o que fazer da vida. Mulheres, por favor, sejam MULHERES de uma vez por todas ou calem-se para sempre. Seria um grande favor!

Enfim, para felicidade geral da nação, ou infelicidade, o tal do Lulu morreu no mundo. Ou alguém ainda acessa aquilo? Nem monitorar meu namorado eu monitoro mais e olha que sou stalker nível hard. E o Tubby então que sambou de Pampili na cara da sociedade? E ainda há quem diga que não, eles ficaram com medinho e inventaram de última hora aquela história fake do vídeo. Ok, movimentos conspiratórios surgem a todo instante, mas né… Haja criatividade! Não contentes, ainda inventaram um tal de “Clube do Bolinha” que só tem versão pra Android, mas diz que até o final dessa semana (acaba domingo, dia 22) vão lançar pro IOS, alguém ainda tem esperança? Por favor, relevem!

Na verdade, não estamos aqui para julgar a relevância, nesse caso irrelevância desses apps, ou sua óbvia e sabida obsolescência programada. Queria mesmo que a gente pensasse um pouquinho no quanto estamos nos auto pendurando em argolas de açougue e fazendo um comércio emocional/carnal como se fôssemos produtos catalogáveis, pesáveis, mensuráveis e de valor agregável (sem ser aquele do camarote). Antes de Luluzinhas e Bolinhas a galera já vinha delirando em Tinder’s e Gindr’s vida afora, catando “paqueras” como quem cata guisado com menos gordura no mercado. Quem precisa de bate-papo quando pode saber tudo do outro através de hashtags depreciativas? Quem precisa trocar mensagens e telefonemas se pode ler um perfil em que tem uma auto descrição da figura desejada? Quem precisa de contato visual antes de um primeiro encontro se existem infinitos álbuns de fotos nos perfis dos possíveis “paqueras”?

Afinal, quem precisa de essência quando se tem tanta pressa?

#Reflitam

Por Paula Moran