Esquece tudo que já ouviu falar sobre método De Rose, Dalai Lama, Carlos Drummond de Andrade e afins. Rasgue a carteirinha do clube dos punheteiros e pare de se preocupar com o óbvio. O lance agora é PIÇA, Filosofia de vida. Não pense que é de menta. Chupe que é de uva.
Os raios moralizadores tem efeitos bem piores que os ultravioletas. Fazem mal pra pele e pra coluna. As balizas do nosso sistema ditam o que é felicidade. O consumo torna o sexo em fator de hierarquia social. Aprisionamos nossos corpos em estigmas e expectativas terceirizadas. Sejamos o prazer independente do que aconteça. Piça pro resto.
Estamos pasteurizando o bonito. Que feio. As competições de beleza já são tão comuns que assistimos elas enquanto comemos sucrilhos. O amor se tornando num comercial de cerveja. Que coisa fajuta. O amor não foi feito pela estética. Nasceu para conjugar os verbos. Mais do que isto, é uma ameaça verbal. É pau, é cu, é buceta. Afinal, o amor é lindo.
Somos trancafiados em nossas próprias babilônias interiores. Sejamos o subversivo, o improvável e o inóspito. Temos que inserir o PIÇA no nosso dialeto. Piça é um estilo de vida. Quando questionado sobre algo que é bom pra si e não prejudica ninguém: PIÇA. Ser bom pra si é ser bom para os outros. Piça, piça, piça. Piça é um amor que passa bem. Não é a piça de todo mundo que voa.
Liberdade não é consumir, é construir. É coragem. E no mais, piça e grelo duro pros que não gostarem.