Final do ano tá aí dando as caras, não me perguntem como, também não tenho nem ideia de como passou tão rápido. Nesta semana a MOOD entrou na vibe retrospectivas, listinhas e promessas nunca cumpridas de virada de ano. Não tem como negar que metade no mundo nessa época do ano para pra pensar no que fez de certo, no que deu errado, no que planeja pro próximo ano e como vai fazer isso acontecer. E a outra metade do mundo? Já tá nessa nóia desde o meio do ano!
É inerente ao ser do homem, cobrar-se, planejar-se e não cumprir-se! Quantas vezes você não fez isso? Pelo menos em cada virada de ano, aposto que sim.
O fato é que não dá pra fugir dessa imersão emocional que os finais de ano nos proporcionam, o universo praticamente conspira. Nas ruas, em cada esquina e lojas as decorações natalinas nos remetem ao bom velhinho, que só é bom de verdade pra quem tem grana e pode bancar aquela historinha pra boi dormir de que “seja rico ou seja pobre o velhinho sempre vem”, não ele não vem. E eu não digo isso por ter algum tipo de trauma, na verdade minha família sempre tentou me fazer acreditar e, literalmente falando, eu ganhava um saco vermelho e enorme cheio de presentes em todos os Natais. Mas eu sempre duvidei da improbabilidade do velho gordo caber em chaminés e passar em todas as casas do mundo em uma noite, assim como o Coelho da Páscoa entregar ovos de chocolate, se fosse uma galinha seria beeem mais plausível.
Enfim, além da decoração, a Globo começa com aquela vinheta chorosa e os filminhos da sessão da tarde, tipo “Milagre na rua 35” e o da menininha que mora num hotel, lavagem cerebral nível hard, todos eles tem um apelo sentimental absurdo que se a gente não der pelo menos uma fungadinha durante todo o filme podemos nos considerar os seres mais desumanos da história da humanidade.
Fora isso, as retrospectivas do ano mostrando todas as tragédias que a gente já superou com novas tragédias. Em uma noite eles jogam as desgraças de um ano inteiro em cima da gente, sem dó nem piedade, haja coração.
Tirando isso ainda tem a galera das redes sociais que começam com textinhos melosos, pessoas sumidas que resolvem dar o ar da graça, desafetos que se afetam pela época e vem querer teu afeto outra vez.
Olha, sacanagem pouca é bobagem. Acho que a gente merecia mais parabéns por sobreviver ao final do ano do que por fazer aniversário!
Por outro lado, as nossas retrospectivas internas tem seu lado mega positivo pelo simples fato de que a gente precisa se auto avaliar, ponderar nossos avanços, nossas tranqueiras emocionais e planejar nossas estratégias pra que se o próximo ano não superar nossas expectativas ao menos não nos decepcione e possamos chegar ao fim dele dizendo que fizemos o melhor. Ou quase isso. Retrospectivas nos ensinam, nos fazem pensar e conversar com nós mesmos, aquele papo que muitas vezes falta durante todo o ano, quando chega novembro, dezembro, ele não escapa, é quase uma dr intrapessoal.
E aí, qual a promessa e os planos de 2014?
Por Paula Moran